Escassez de mão de obra no mercado de trabalho e boa remuneração. Esses dois fatores impulsionam a procura pelos cursos da aviação civil na Paraíba. A falta de pilotos é uma realidade observada em todo o Brasil e em até outros países. O curso exige, além de outros fatores, muita atenção e disciplina. O investimento nem sempre é baixo, mas quem já fez garante que o retorno é garantido.
Recentemente, o Diário Oficial da União homologou a autorização dos cursos de piloto de avião, piloto comercial de avião e voo por instrumento, parte prática, no Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento (Cesed), em Campina Grande. Até então, apenas o Aeroclube da Paraíba era habilitado a realizar as aulas práticas no Estado.
O coordenador geral da Escola Superior de Aviação Civil (Esac), em Campina Grande, comandante José Roberto Ribeiro, diz que a homologação é um marco para a Paraíba. “O primeiro ponto positivo é o de proporcionar ao aluno a facilidade de voar aqui mesmo e com isso extinguir o desconforto de se deslocar para a região Sudeste para essa atividade”, comenta. Com a homologação, a Esac se torna a única instituição que possui uma escola de aviação civil na sua estrutura.
O comandante também ressalta que as aulas serão realizadas em padrões elevados de voos de instrução, em aeroporto controlado. “Isso coloca o aluno em ambiente adequado para a formação profissional da aviação civil”, afirma. “Também não podemos esquecer que Campina Grande passa para o rol das poucas cidades que abrigam um curso desse porte, certamente vamos atrair outros jovens para voar aqui, uma vez que podemos atender às necessidades da comunidade aeronáutica”, completa.
Na avaliação de José Roberto, não há dúvidas de que o mercado de pilotos é bastante promissor no país. “Tendo em vista que as empresas aéreas naturalmente possuem um fluxo de carreira, abrindo vagas em função do afastamento de pilotos, seja por aposentadoria ou outros motivos”, explica. O professor lembra que, “no Brasil, há uma demanda reprimida de passageiros e existe um grande espaço para crescimento das empresas aéreas, o que representa novos postos de emprego”. Outro fator que contribui para o mercado de pilotos no país é a realização da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas em 2016.
“Esses eventos vão exigir mais aeronaves operando, devido o aumento no número de passageiros e, consequentemente, a contratação de pilotos”, afirma José Roberto. O curso de Ciências Aeronáuticas em Campina Grande tem duração de três anos e mensalidade de R$ 1,310 mil, fora o curso com a parte prática do voo, de responsabilidade do aluno.
Fonte: JP
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