Mostrando postagens com marcador Histórico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Histórico. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 5 de abril de 2011

Histórico: Virgin Atlantic Airways

Massagistas à bordo? Bares, sofás e mesas de xadrez nas aeronaves? Não, não se trata de desvarios de um diretor de marketing assanhado. Trata-se da mais inovadora empresa aérea do mundo, a britânica Virgin Atlantic Airways.

Fruto da genialidade de seu fundador, Sir Richard Branson, a Virgin é um tremendo sucesso. Seus 747 e A340 ligam Londres à vários destinos importantes do mundo, como New York, Los Angeles, Tokyo, Hong Kong, Johannesburg, New Delhi, Miami, Toronto.

Enfrentar e muitas vezes vencer a dura competição (nem sempre leal) da excelente British Airways é tarefa para poucos. Mas Branson é mesmo um homem incomum. Fundou seu império vendendo discos por correspondência. Gago e tímido, foi mal aluno, o que levou seu pai a vaticinar que "Richard não seria grande coisa na vida".

Pois sim. Sua empreitada virou a gravadora Virgin Records, vendida por uma fábula à Thorn/EMI. Com esse dinheiro, pode investir num veterano 747 usado, ex-Aerolineas Argentinas. Teve a idéia de lançar uma empresa aérea meses antes, ao ficar dias esperando pela confirmação de um lugar nos vôos transatlânticos da People Express, uma das pioneiras no mercado Low-Fare. Branson pensou: deve ser um bom negócio. Abriu a Virgin Atlantic Airways em 1984.

A People quebrou, a Virgin floresceu. Com seu apurado faro de marketing, fez a empresa crescer até se tornar a líder que é hoje. Finalmente vendeu 49% das ações para a Singapore Airlines, no less. Companhias aéreas florescem ou morrem dependendo da qualidade de seu marketing. Branson é um guru: com seu charme, tornou-se amigo pessoal de Lady Di, e conseguiu dela a proeza de fazê-la batizar seu primeiro A340-300 de "Lady In Red", numa homenagem à própria futura rainha.

Upper Class (sua classe executiva) ao aeroporto. As salas VIP em Londres tem saunas, duchas, lareiras e bibliotecas e mesas de pinball. Dentro dos aviões, bares, lojas, manicures e massagistas (menos nos vôos para o Japão, onde os passageiros, depois de alguns saquês a mais, andaram confundindo as coisas).

Branson, dono de uma gravadora, fez do entretenimento de bordo da Virgin o melhor e mais variado do mundo. A empresa tem encomendas de 5 A380-800 e 6 A340-600, seus novos trunfos na luta eterna contra a BA. Espera-se um show de inovações nas novas aeronaves, com camas de casal na Upper Class e sabe-se lá o quê mais.

A Virgin Atlantic é sinônimo de inovação e qualidade em aviação, espelho de seu fundador e até hoje principal garoto propaganda, Sir Richard Branson.

terça-feira, 29 de março de 2011

Histórico: WEBJET Linhas Aéreas

Criada em 2004, a Webjet iniciou suas operações em 12 de julho de 2005, unindo as cidades de Brasília, São Paulo (GRU) e Porto Alegre à sua sede, no Rio de Janeiro. Desde o Aeroporto Tom Jobim, de onde partem e chegam os vôos, a Webjet opera seguindo o conceito Low-Cost/Low-fare.

Após iniciar serviços, a Webjet logo sentiu o calor da competição, sobretudo da Varig, que baixou os preços nas mesmas rotas operadas pela empresa. A Webjet resolveu reduzir ainda mais suas tarifas e passou a oferecer uma tarifa única por trecho: R$ 168,00. As outras companhias logo seguiram e a empresa sofreu: reduziu freqüiencias até parar de voar.

Alguns meses se passaram com o único avião no chão, voando esporadicamente em alguns charters. Em meados de 2005, a companhia mudou de donos: novos investidores, capitaneados pelo grupo carioca Águia, adquiriram o controle da companhia. O grupo mudou boa parte dos executivos, injetando capital e dando um novo alento à companhia.

A empresa voltou aos céus e, em outubro de 2006, recebeu seu segundo 737-300, ex-Rio Sul PT-SSK. Novas cidades foram adicionadas à malha e novos hoários inaugurados. Mesmo assim, os resultados ainda não se mostraram animadores.

Foi então que, em 2007, mais uma vez a empresa foi vendida, alegadamente por R$ 45 milhões. O poderoso Grupo CVC assumiu o controle da empresa, e logo tratou de fazê-la crescer. Outras aeronaves usadas foram recebidas. Novos destinos foram inaugurados. Serviços de fretamento da própria CVC colocaram a companhia em trajetória ascendente. A companhia fechou o ano de 2008 com 11 aeronaves em operação. Em 2009, deu-se a incorporação de mais nove 737-300, chegando a um total de 22 aeronaves em meados de 2010.

Em setembro de 2010 a empresa sofreu mais uma grande crise, ao cancelar um grande número de voos, o que levou inclusive a ANAC tomar a drástica medida de impedir a venda de novos bilhetes até que a situação fosse controlada. Segundo a empresa, a falta de tripulantes foi o motivo para tais cancelamentos: afirmou-se que mais de 30 pilotos e co-pilotos haviam deixado a empresa nos dois últimos meses, e que não houve tempo hábil para treinar novas tripulações. Alegou-se que a empresa perdeu funcionários por pagar salários abaixo da média e não depositar benefícios e direitos aos funcionários.

A empresa segue voando e crescendo em participação no mercado brasileiro, "comendo pelas beiradas", aos poucos.

terça-feira, 22 de março de 2011

Histórico: JetBlue Aiways

Se depender da sorte de seu proprietário, a jetBlue tem um futuro brilhante pela frente. David Neeleman pode ser visto como um Rei Midas da aviação. Começou aos 24 anos com 10.000 dólares, fundando uma pequena empresa regional. Alguns anos depois era o segundo maior acionista da Southwest Airlines. Participou da fundação da low-cost canadense WestJet. Quando esta foi criada, valia 26 milhões de dólares. Ao sair, Neeleman viu sua parte na empresa valendo 450 milhões.

Em 1998 partiu para sua nova empreitada: o estabelecimento de uma empresa aérea atuando na região de Nova York. Pesquisas mostravam grande demanda de tráfego não atendida, especialmente se a empresa tivesse preços competitivos.

Assim foi feito: dois anos depois, em 11 de fevereiro de 2000 era realizado o primeiro vôo da jetBlue. E o primeiro equipamento não foi um Boeing 737-200 ou 727-200 de terceira mão com 20 anos de uso, mas sim dois Airbus A320-200 novos de fábrica equipados com telefones e monitores individuais em todos os assentos. Estes eram os primeiros de uma encomenda inicial de 30 unidades, a maior já feita por uma empresa estreante em toda a história.

O prestígio de Neeleman fez com que a empresa fosse a mais capitalizada "start-up", da história: nada menos de 130 milhões de dólares, saídos dos bolsos de diversos investidores, incluindo-se aí George Soros. O crescimento da JetBlue foi instantâneo: às primeiras rotas, para Fort Lauderdale e Buffalo, foram rapidamente acrescentadas outras cidades da costa leste.

Em 2000, a empresa escolheu Long Beach como seu hub na costa oeste dos Estados Unidos, iniciando também vôos transcontinentais. Até mesmo em 2001, um ano trágico, a empresa deu 38.5 milhões de dólares de lucro. A empresa sacudiu o mercado mais outra vez ao se tornar o launch-costumer da família EMBRAER 190, encomendando nada mais, nada menos que 101 unidades, antes mesmo do primeiro prótipo voar. Ao que parece, tudo azul na proa da jetBlue.

terça-feira, 15 de março de 2011

Histórico: TRIP Linhas Aéreas

Fundada em Campinas, SP, como parte integrante do grupo de empresas de transporte rodoviário Caprioli, a Trip - Transportes Regionais do Interior Paulista, já cresceu além do que a sigla do seu nome poderia prever, operando para mais de 20 cidades, além dos fretamentos.

Tendo iniciado suas operações no começo de 1998, com vôos charter para a região nordeste do Brasil, seus primeiros vôos fretados ligaram as cidades de Natal, RN, e a ilha de Fernando de Noronha, uma linha que acabou se tornando regular. 

Mesmo diante de um cenário bastante instável, como era o do final dos anos 90, a companhia paulista cresceu de forma consistente. A Trip opera atualmente com cinco bimotores turboélices, sendo um EMB-120 Brasília e quatro ATR 42-300 e, além das lucrativas linhas que ligam Recife, PE, e Natal, RN, a Fernando de Noronha, realiza serviços regulares entre São Paulo (Congonhas), Campinas e Presidente Prudente, no Estado de São Paulo, Londrina no Paraná e Cuiabá no Estado de Mato Grosso.
 
Acreditando que ainda há muito espaço a ser conquistado, a companhia vem praticando tarifas mais em conta que seus concorrentes. Nos últimos anos, a empresa vem operando vários serviços em acordo com a TAM e Gol, alimentando e recebendo passageiros em várias cidades da região sudeste e centro-oeste. 

Em novembro de 2006, o Grupo Caprioli vendeu 49% da empresa ao Grupo Águia Branca, controlado pela família Chieppe. Em 25 de janeiro de 2007, a Trip anunciou a encomenda de sete aeronaves ATR-72-500, com mais cinco opções, todas equipadas com motores Pratt & Whitney Canada PW127 e 68 assentos.

Em 2008, jogada de mestre da Trip: abocanhou a Total, tornando-se a maior regional da América do Sul. Além disso, recebeu a parte da Skywest dos USA. Anunciou ainda as compra de dez jatos Embraer 175 com 86 assentos. E de quebra, lançou nova e elegantíssima identidade visual. Que ano!
 
Atualmente a estrutura societária mudou, voltando ao controle quase total da família Caprioli, que detém 94% da empresa, os outros 6% sob controle da SkyWest Airlines. A TRIP já opera em quase cem cidades, e pretende continuar expandido seus destinos. Vem transformando também Belo Horizonte em cidade hub, na distribuição de seus voos.

terça-feira, 8 de março de 2011

Histórico: AZUL Linhas Aéreas

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras foi fundada por David Neeleman, capitaneando um grupo de investidores norte-americanos e brasileiros. A proposta da nova companhia é oferecer um serviço diferenciado ligando cidades não unidas pelas atuais linhas aéreas.

Em 27 de março de 2008, David Neeleman anunciou que o Brasil ganharia uma nova empresa aérea. Nessa ocasião, o empresário apresentou em São Paulo os planos para constituir não apenas uma empresa nova, como uma nova empresa. Nova na maneira de encarar o transporte aéreo. Nova ao encomendar aeronaves mais confortáveis, avançadas, desenhadas e fabricadas - com muito orgulho - no Brasil: os moderníssimos E-Jets da Embraer. E a novidade chegou logo neste primeiro momento ao convidar o brasileiro a participar da escolha do nome da companhia.

Em 28 de maio de 2008, já com nome Azul Linhas Aéreas Brasileiras definido, foi apresentada sua identidade corporativa. O mapa do Brasil, estampado na cauda das aeronaves, simboliza o desejo de servir, de aproximar e apresentar aos brasileiros, sem escalas, uma nova fase na história do transporte aéreo do país.

Em 17 de setembro de 2008, data do batismo da primeira aeronave da empresa - o Embraer 190, chamado "O Rio de Janeiro continua azul" - David Neeleman anunciou que, com o início das operações antecipado para dezembro de 2008, ganhou ainda mais apoio dos investidores. Agora, a Azul tem 200 milhões de dólares para começar a operar no Brasil. Desta forma tornou-se a companhia mais capitalizada (em sua fundação) da história da aviação mundial. Foram encomendadas 40 aeronaves e outras 36 em opção de compra, todas da Embraer. O valor total do negócio pode chegar a US$ 3 bilhões, caso todas as opções se confirmem.  

 Os vôos inaugurais ocorreram em 15/12/2008 ligando Campinas a Salvador e Campinas a Porto Alegre. Em 14 de janeiro de 2009, entraram na malha as cidades de Vitória (ES) e Curitiba.

A companhia encomendou 40 aeronaves Embraer 195 e 190 e fez opção de compras para outras 36. Adicionalmente, para acelerar sua entrada no mercado brasileiro, arrendou duas aeronaves Embraer 190. A expectativa é receber uma por mês ao longo de três anos, chegando a 42 aeronaves no final de 2012.

A companhia transportou seu milionésimo passageiro em 13/08/2009, batendo um recorde: a que mais rapidamente transportou 1 milhão de passageiros desde o primeiro voo. O feito foi obtido menos de 8 meses depois do serviço inaugural. O mesmo aconteceu com o pax nº 2 milhões (dez/09) e 3 milhões (março 2010), seguido depois pelo passageiro 4 milhões, apenas quatro meses depois, em julho de 2010.

Em janeiro de 2009, a companhia lançou o Tudo Azul, seu Programa de Vantagens. Em julho de 2010 a empresa lançou o Azul Crédito, para o pagamento de passagens através de parcelamento no cartão de crédito, boleto bancário, débito em conta corrente e cheque; No dia 26/08/2009, lançou a Azul Cargo, inicialmente com rotas para o nordeste.

As aeronaves Embraer 190/195 da Azul são equipadas com bancos de couro ecológico em fileiras com 4 assentos, dispostos dois a dos, sem as incômodas poltronas do meio. Contarão com o que há de mais moderno em termos de tecnologia aeronáutica, como, por exemplo, dois dispositivos HUD - Head Up Display - que permitirão um significativo aumento na segurança operacional. Originário da aviação militar, o sistema permite a projeção dos dados mais importantes do vôo num cristal que fica à altura dos olhos dos pilotos, permitindo que eles tenham todas as informações necessárias para voar sem precisar desviar os olhos da pista de pouso e do tráfego de outras aeronaves.

Atualmente a AZUL possui voos para todas as capitais do nordeste, sudeste, centro-oeste e sul; operado com os Embraer 190/195, além de rotas regionais no interior paulista com aeronaves ATR-42. A empresa já é a terceira maior entre as companhias aéreas nacionais.

terça-feira, 1 de março de 2011

Histórico: NOAR Linhas Aéreas

Popularizar as viagens aéreas, integrar a região Nordeste e aproximar pessoas com um custo mais baixo. Esse é o objetivo da NOAR Linhas Aéreas S/A, empresa regular de transporte aéreo de passageiros criada para atender as necessidades dos passageiros do Nordeste. Adotando o modelo das empresas aéreas low-cost, low-fare, a NOAR iniciou sua operação no mercado aéreo regional, com voos diários de múltiplas frequências nos destinos Recife, Maceió, Aracaju e Caruaru. Poucos meses depois anunciou sua chegada em João Pessoa, Natal, Mossoró e Paulo Afonso. Oferecendo aos passageiros maior opção de horários, e rápidas conexões dentro do nordeste.

A NOAR adotou frota moderna e padronizada de aeronaves de fabricação tcheca, modelo L-410, tradicionalmente conhecido por “LET”. Trata-se do mais bem sucedido bimotor turbo-hélice de até 19 passageiros para ligações regionais de curta distância, com mais de 1.200 unidades vendidas em todo o mundo.
A NOAR privilegia a qualidade dos serviços, a alta tecnologia e a segurança, aliadas ao foco constante na redução de custos, para possibilitar que um maior número de pessoas tenha acesso a esse meio de transporte.

A empresa pernambucana atua hoje com duas aeronaves, mas está previsto a chegada de novas aeronaves. A empresa já planeja sua expansão, e estuda a compra de aeronaves de médio-porte entre (ATR-42/72) ou (DASH-8-Q400).

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Histórico: Avianca Linhas Aéreas

A empresa foi criada há três anos como empresa de táxi aéreo para atender aos executivos e operários da indústria do petróleo que se dirigem à região de Macaé e Campos. Entrou em maio com pedido para receber licença de companhia aérea regular DAC e conseguiu autorização para operar rotas menos concorridas. No total, os investimentos do Marítima para colocá-la no ar somam US$ 20 milhões.

A Avianca Linhas Aéreas recebeu em 2002 autorização do DAC para operar linhas sistemáticas em estreita colaboração com a Rio-Sul, de quem arrendou suas aeronaves. Nasceu para operar serviços que a própria Rio-Sul decidiu abandonar, depois que esta resolveu concentrar suas operações como "subsidiária de vôos executivos" do Grupo Varig. 

A Rio-Sul, ao se desfazer dos EMB-120, permitiu à Avianca ficar com as máquinas e com as rotas onde estes voavam, complementando as operações e alimentando os vôos da própria Rio-Sul. Assim, em 2002 passou a operar entre os aeroportos de Congonhas, Guarulhos ( SP ), Santos Dumont (RJ), Macaé (RJ) e Campos (RJ). Pouco tempo depois, a empresa aproveitou a turbulência atravessada pelo grupo Varig e assumiu vôos para nada menos que 14 cidades que hoje formam sua malha de destinos.

Apesar do itinerário da Avianca  compreender os aeroportos Guarulhos-Santos Dumont, a companhia promete incomodar, e muito, as rivais. A média de aproveitamento dos vôos da companhia aérea é de 52%, com picos de 80% em algumas rotas. Começou a entrega dos Fokker 50, novas linhas que foram criadas, parte de um investimento de US$ 8 milhões na ampliação da frota. As primeiras aeronaves EMB-120 foram adquiridas por meio de uma transferência da Rio Sul financiada em 11 anos pelo BNDES pelo valor de R$ 10 milhões.  

Prova de que a Avianca ainda vai dar o que falar é que seu foco não se restringe a aviação regional. A companhia pretende alçar vôos bem mais longos: costura novos acordos de cooperação internacional, como o fechado com a Continental Airlines - que liga a cidade de Macaé (RJ) a Guarulhos (SP) pela companhia e, depois, para Houston, nos Estados Unidos. A seguir, anunciou em março de 2004 a aquisição do controle da estatal Colombiana Avianca. 

Em janeiro de 2006, empresa recebeu seus primeiros jatos. Batizados de "Super 28" nada mais são que jatos Fokker 100 comprados da frota da American Airlines. O curioso nome deve-se à reação negativa do modelo junto ao público brasileiro, que perdeu a confiança no tipo apeos os seguidos incidentes e acidentes enfrentados pela TAM. Com os novos jatos, a companhia expandiu sua malha e passou a servir 26 aeroportos no Brasil. Iniciou em 2007 vôos para o México, com jatos 767, e anunciou em março daquele ano a encomenda de 7 jatos Boeing 787 Dreamliner. E em função do calapso da BRA, operou algumas aeronaves da empresa, empregando ex-tripulantes da mesma. Não conseguindo os resultados desejados, recuou. Então, em meados de 2007, focou suas operações no mercado doméstico, devolvendo os dois Boeing 767-300ER, os 737 herdados da BRA e o único 757-200 que chegou a operar a rota Basília/João Pessoa/Recife e Porto Alegre/Guarulhos/Brasília.

Atualmente a Avianca Linhas Aéreas está renovando sua frota por airbus A319 e tem como objetivo fortalecer as atuais rotas, e operar novos destinos.





terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Histórico: GOL Linhas Aéreas

A GOL chegou ao país com uma grande novidade: trouxe ao transporte aéreo no Brasil o conceito de empresa low-cost/low-fare.

A empresa faz parte do Grupo Áurea, um conglomerado de empresas de transporte urbano e rodoviário, sob o comando do empresário "Nenê" Constantino. Por volta de 1998 surgiu a idéia de atuar também no segmento aeronáutico, inspirando-se na easyJet inglesa e na Southwest norte-americana, reconhecidamente empresas vencedoras no segmento.

Em agosto de 2000 o DAC emitiu a autorização para que a empresa fosse efetivamente formada. Em janeiro de 2001, foram iniciados vôos regulares partindo do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e utilizando-se inicialmente de quatro Boeing 737-700.
Em 2003, vendeu 20% das ações para o Grupo AIG. Capitalizada com esse dinheiro e mais uma bem-sucedida entrada na Bolsa de New York, a empresa anunciou em meados de 2004 a maior compra já feita por uma empresa brasileira junto à Boeing: nada menos que 43 jatos 737-800, depois aumentada para 101 aeronaves.

Em 22 de dezembro de 2004, a empresa operou seu primeiro destino internacional, Buenos Aires, com dois vôos diretos e diários desde Guarulhos. Depois veio rápida expansão internacional: ainda em 2005, Santa Cruz de La Sierra e Asunción; em 2006, Córdoba, Rosário e Montevideo. 
Em 28/03/2007, foi anunciada a compra da Varig, em uma transação avalidada em aproximadamente 400 milhões de dólares. Nos meses seguintes, a aquisição provou-se mais difícil do que o esperado. Uma frota de jatso 767-300ER foi incorporada para voos intercontinentais, mas as duas operações não mostraram grande sinnerga. Após vultosos investimentos, milhares de contratações e uma rápida expansão internacional, a companhia voltou atrás. Devolveu os 767, cancelou todos os serviços intercontinentais e demitiu centenas de colaboradores. Fontes dão conta de uma perda global superior a 1 bilhão de reais, resultante desta aquisição.
Observando perdas cada vez mais significativas, a Gol trabalhou com firmeza e decidiu incorporar a Varig completamente. Desta maneira, a empresa Pioneira de nossa aviação desapareceu como companhia ao final de outubro de 2008, sendo oficialmente fundida à empresa compradora. Na prática, a Varig hoje é apenas uma marca que a Gol emprega em voos internacionais para Bogotá, Caracas e Santiago. A marca da Estrela Brasileira deve desaparecer completamente a médio prazo. Depois deste pesado (e frustrante) investimento, a Gol pode dizer que o grande benefício foi a aquisção dos preciosos slots da Pioneira em aeroportos centrais, adquiridos juntamente com a Varig, bem como as instalações da antiga Varig em Congonhas, hoje transformadas em sede oficial da Gol.
 Em 15/01/09, a companhia completou seu oitavo aniversário, tendo transportado mais de 100 milhões de passageiros. Neste período, a companhia conquistou mais de 40% de participação de mercado, servindo 59 destinos com 104 aviões, possui cerca de 16 mil profissionais e cinco marcas - GOL, VARIG, SMILES, Voe Fácil e Gollog.

Em 2008, a Companhia concluiu o processo de incorporação da VARIG. Adicionalmente, a Companhia também concluiu o processo de unificação de seus sistemas neste último dia 13 de janeiro com a atualização do New Skies.

Ao longo dos oito anos foram qualificados cerca de 1,6 mil comandantes e co-pilotos, contabilizando 37,5 mil horas em simuladores de voo e cerca de 240 mil horas de treinamento em rota. Além disso, foram mais de 20 mil horas de aulas ministradas para 22,5 mil profissionais de manutenção. 

O uso da alta tecnologia tem marcado a história da GOL até aqui. Entre as principais conquistas, a Companhia revolucionou o transporte aéreo brasileiro ao concentrar suas vendas na internet, eliminando a emissão do tradicional bilhete. A GOL também introduziu o conceito de check-in inteligente pela internet, com a impressão do cartão de embarque pelo cliente. No ano passado, a GOL tornou-se a primeira empresa brasileira a viabilizar o processo de check-in inteiramente pelo celular.  

Em 2008, o SMILES foi estendido aos clientes da GOL, que agora podem acumular milhas na compra de passagens e na contratação de serviços e aquisição de produtos de cerca de 115 empresas parceiras no Brasil e no exterior.

Todas essas novidades somadas à já consolidada unidade de negócio de transportes de cargas da Companhia, a Gollog, e as já conhecidas facilidades como o programa Voe Fácil, que permite o parcelamento de passagens em até 36 vezes, colocam a GOL entre as empresas mais admiradas e respeitadas do país.
 

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Histórico: AZUL Linhas Aéreas

A Azul Linhas Aéreas Brasileiras foi fundada por David Neeleman, capitaneando um grupo de investidores norte-americanos e brasileiros. A proposta da nova companhia é oferecer um serviço diferenciado ligando cidades não unidas pelas atuais linhas aéreas.

Em 27 de março de 2008, David Neeleman anunciou que o Brasil ganharia uma nova empresa aérea. Nessa ocasião, o empresário apresentou em São Paulo os planos para constituir não apenas uma empresa nova, como uma nova empresa. Nova na maneira de encarar o transporte aéreo. Nova ao encomendar aeronaves mais confortáveis, avançadas, desenhadas e fabricadas - com muito orgulho - no Brasil: os moderníssimos E-Jets da Embraer. E a novidade chegou logo neste primeiro momento ao convidar o brasileiro a participar da escolha do nome da companhia.

Em 28 de maio de 2008, já com nome Azul Linhas Aéreas Brasileiras definido, foi apresentada sua identidade corporativa. O mapa do Brasil, estampado na cauda das aeronaves, simboliza o desejo de servir, de aproximar e apresentar aos brasileiros, sem escalas, uma nova fase na história do transporte aéreo do país.

Em 17 de setembro de 2008, data do batismo da primeira aeronave da empresa - o Embraer 190, chamado "O Rio de Janeiro continua azul" - David Neeleman anunciou que, com o início das operações antecipado para dezembro de 2008, ganhou ainda mais apoio dos investidores. Agora, a Azul tem 200 milhões de dólares para começar a operar no Brasil. Desta forma tornou-se a companhia mais capitalizada (em sua fundação) da história da aviação mundial. Foram encomendadas 40 aeronaves e outras 36 em opção de compra, todas da Embraer. O valor total do negócio pode chegar a US$ 3 bilhões, caso todas as opções se confirmem. 

Os vôos inaugurais ocorreram em 15/12/2008 ligando Campinas a Salvador e Campinas a Porto Alegre. Em 14 de janeiro de 2009, entraram na malha as cidades de Vitória (ES) e Curitiba.


A companhia encomendou 40 aeronaves Embraer 195 e 190 e fez opção de compras para outras 36. Adicionalmente, para acelerar sua entrada no mercado brasileiro, arrendou duas aeronaves Embraer 190. A expectativa é receber uma por mês ao longo de três anos, chegando a 42 aeronaves no final de 2012.

A companhia transportou seu milionésimo passageiro em 13/08/2009, batendo um recorde: a que mais rapidamente transportou 1 milhão de passageiros desde o primeiro voo. O feito foi obtido menos de 8 meses depois do serviço inaugural. O mesmo aconteceu com o pax nº 2 milhões (dez/09) e 3 milhões (março 2010), seguido depois pelo passageiro 4 milhões, apenas quatro meses depois, em julho de 2010.

Em janeiro de 2009, a companhia lançou o Tudo Azul, seu Programa de Vantagens. Em julho de 2010 a empresa lançou o Azul Crédito, para o pagamento de passagens através de parcelamento no cartão de crédito, boleto bancário, débito em conta corrente e cheque; No dia 26/08/2009, lançou a Azul Cargo, inicialmente com rotas para o nordeste.

As aeronaves Embraer 190/195 da Azul são equipadas com bancos de couro ecológico em fileiras com 4 assentos, dispostos dois a dos, sem as incômodas poltronas do meio. Contarão com o que há de mais moderno em termos de tecnologia aeronáutica, como, por exemplo, dois dispositivos HUD - Head Up Display - que permitirão um significativo aumento na segurança operacional. Originário da aviação militar, o sistema permite a projeção dos dados mais importantes do vôo num cristal que fica à altura dos olhos dos pilotos, permitindo que eles tenham todas as informações necessárias para voar sem precisar desviar os olhos da pista de pouso e do tráfego de outras aeronaves.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Histórico: TAM Linhas Aéreas


O primeiro "Histórico" do blog traz a brilhante tragetória da companhia aérea do Comandante Rolin - TAM.


Em 1971 nascia a TAM - Taxi Aéreo Marília, iniciativa conjunta de um grupo de pilotos e dirigida por Orlando Ometto. Dificuldades operacionais e a própria inexperiência de Ometto com aviação levaram-no à convidar para dirigir a empresa um velho conhecido e colaborador, que desde 1971 vinha operando seu próprio taxi-aéreo. Assim, Rolim Adolfo Amaro tornou-se sócio da TAM.

Sem dinheiro para comprar a parte dos sócios, Rolim confidenciou a um amigo que deixaria de pagar o seguro das aeronaves da companhia e, com essa economia, em dois anos compraria a parte de Ometto. Desaconselhado, decidiu renovar as apólices. No dia seguinte, um dos Learjet da empresa varou a pista do Santos Dumont e foi parar na Baía da Guanabara. A seguradora pagou 1.8 milhões de dólares, o suficiente para a compra da totalidade das ações da TAM. Sorte ou não, este foi um dos muitos episódios fascinantes que fazem a história da pequena empresa que, em 25 anos, dominou os céus do Brasil com seu estilo de voar.

Em novembro de 1975, o Governo Federal criou o Sistema Integrado de Transporte Aéreo Brasileiro (SITAR) para desenvolver a aviação de terceiro nível. Cinco regiões foram delimitadas no mapa, ficando cada uma delas sob responsabilidade de uma empresa regional. À TAM coube voar no interior de São Paulo, norte do Paraná e sul do Mato Grosso.

Assim, em julho de 1976 foi criada a TAM - Transportes Aéreos Regionais, com 1/3 de participação da VASP, que pagou sua parte com 6 aviões Bandeirante e instalações aeroportuárias no interior de São Paulo. Em janeiro de 1980, a empresa trouxe o primeiro de sete Fokker F-27, a ferramenta usada para aumentar sua participação no mercado regional. Com o Fokker, Rolim começou a operar os VDC, Vôos Diretos ao Centro, que operavam em aeroportos centrais (Congonhas, Pampulha, Santos Dumont) com tarifas classe "B", em média 30% mais caras que as domésticas. Foi um sucesso.

As empresas "nacionais", Vasp e Transbrasil, ficaram chupando o dedo e vendo seu tráfego migrar para a comodidade que somente esses aeroportos poderiam oferecer. A Varig, dona da Rio Sul, dava de ombros com essa perda de tráfego. No início da década de 90, a TAM resolveu apostar alto: introduziu nos vôos VDC o Fokker 100 e transformou o avião numa máquina de fazer dinheiro. Em 10 anos, acabou trazendo mais 55 aviões do tipo.

Rolim exigia e conseguia que sua empresa se diferenciasse da sonolenta concorrência através da excelência em seus serviços, logo tornando-se a favorita do público. Em 1986, foi a primeira e única empresa aérea latino-americana eleita "Regional Airline of The Year" pela revista Air Transport World. Em 1998, foi escolhida pela revista Exame "Empresa do Ano". Esse sucesso encorajou ainda mais Rolim e seus funcionários. Ao final do ano, a empresa entrou no mercado internacional e, quebrando décadas de monopólio da Boeing no mercado brasileiro, encomendou junto à Airbus 5 A330-200 e 60 aeronaves da família A320. Os novos vôos internacionais foram um sucesso. Inicialmente para Miami, depois para Paris, Buenos Aires, Montevidéu, Frankfurt e Zürich. Isso sem falar nos serviços na América do Sul operados por sua subsidiária paraguaia, a TAM Mercosul.

Quando a empresa ainda comemorava a conquista do primeiro lugar no ranking doméstico, o comandante Rolim embarcou num R44 de sua propriedade. O helicóptero caiu matando Rolim e enlutando não só a companhia como toda o país. (veja matéria na seção "gente de aviação"). Para dirigir a TAM, foi escolhido Daniel Martin.

A alta do dólar fez com que os vôos internacionais fossem cancelados, à exceção de Miami, Paris e Buenos Aires. Pior, além da crise setorial, a TAM sofreu com a repercussão negativa gerada em torno dos acidentes sofridos com seus Fokker 100. A empresa reagiu e acelerou o ritmo de entregas de novos Airbus. Hoje a companhia celebra 49 aeronaves de cada família, a maior frota de jatos em toda a América Latina.

Em 2003 anunciou um acordo com a Varig para operação de vôos code-share, o que seria o primeiro passo para uma eventual fusão. Claro que não poderia dar certo: em maio de 2005, os vôos em code-share foram cancelados e a idéia abortada. Mas aí, a TAM já estava consolidada no primeiro lugar, com quase 40% do mercado doméstico.

Ao final de 2005, inaugurou vôos diários para New York e ganhou a concessão para seu novo destino internacional: Londres. Em meados de 2006, torna-se a maior empresa aérea do Brasil: supera a Varig na soma das malhas doméstica e internacional. Somente no setor doméstico, a companhia ultrapassa 50% de participação.

A TAM fechou o último mês de dezembro com 49,1% de market share. A companhia voa para 48 destinos no Brasil. Com os acordos comerciais firmados com companhias regionais, chega a 74 destinos diferentes do território nacional. O market share internacional da TAM entre as companhias aéreas brasileiras foi de 60,6% em dezembro de 2006. As operações para o exterior abrangem vôos diretos para seguintes destinos: Nova York, Miami, Paris, Milão, Londres, Caracas, Buenos Aires, Montevidéu, Santiago, Frankfurt desde 30 de novembro de 2007.
Com a TAM Mercosur, vai a outros cinco destinos: Assunção e Ciudad del Este (Paraguai), Santa Cruz de la Sierra e Cochabamba (Bolívia). A companhia oferece ainda uma freqüência diária para Lima, no Peru, operada em code-share com a TACA.
No dia 17/07/2007, aconteceu o pior desastre aéreo da história da aviação brasileira. O vôo TAM 3054 entre Porto Alegre e São Paulo acidentou-se após sair da pista em Congonhas. O Airbus A320 chocou-se com um prédio da própria TAM, matando seus 187 ocupantes e mais 12 pessoas em terra. O acidente enlutou o país e colocou em cheque as operações regulares no mais movimentado aeroporto do Brasil.

Em dezembro de 2007, o comandante David Barioni Neto foi escolhido para substituir Marco Bologna na presidência da empresa.

O comandante logo imprimiu sua marca, orientando a empresa em uma direçnao mais focada na retomada da qualidade de serviços. Os dividendos logo se mostraram: a companhia bate sucessivos recordes de participação de mercado, ocupação, penetração em segmentos distintos e satisfação de clientes.

Exatamente como o Comandante Rolim um dia sonhou.