terça-feira, 20 de agosto de 2013

TAM deve corta mais voos com a subida do dólar


A empresa aérea TAM poderá rever sua estratégia de redução de oferta de voos ou de reajuste de tarifas caso o dólar continue subindo ante o real, afirmou um executivo da empresa nesta terça-feira. Desde 2011, a empresa reduziu em 12 por cento sua capacidade doméstica, segundo o diretor de vendas da empresa, Klaus Kühnast, para fazer frente à alta de custos com o querosene de aviação e a valorização do dólar.

"A gente acredita que já fez a lição de casa em relação a voos e a gente acreditava até a semana passada que isso era suficiente. Neste momento não existe uma nova estratégia, mas se dólar continuar neste patamar ou subir, poderá ter impacto no futuro, porque é um custo muito forte e a empresa acaba tendo que tomar uma ação, ou nos preços ou nas rotas", disse ele a jornalistas. Na véspera o dólar encerrou cotado a 2,41 reais. "O dólar e o combustível são os fatores variáveis mais complicados para uma empresa aérea. Mais de 60 por cento dos nossos custos são em dólar e o impacto (da valorização) é muito grande. Cada centavo que vai aumentando a gente vai ficando mais preocupado", disse.

A TAM também anunciou uma redução no quadro de funcionários, com o corte de cerca de 800 postos de trabalho de tripulantes, para reduzir custos. O programa de demissão voluntária se encerra na quarta-feira. Nesta terça-feira, representantes das maiores empresas aéreas brasileiras se reuniram com o ministro da Secretaria Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, para discutir a situação do setor. A Abear, associação que reúne TAM, Gol, Avianca e Azul, pediu desoneração de PIS/Confins para o setor aéreo, ampliação de subsídio a tarifas aeroportuárias e unificação da alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação. O ministro afirmou que iria avaliar a situação e tomar uma decisão em 10 dias. Informou Reuters.

Companhias aéreas admitem alta nas passagens e pedem ajuda ao Governo

O presidente da Abear (Associação Brasileira de Empresas Aéreas), Eduardo Sanovicz, reconheceu hoje que a média das tarifas aéreas está subindo no país. Segundo ele, o fenômeno se iniciou nos últimos dois meses após a subida da cotação do dólar. A média das tarifas aéreas já está 4% maior, segundo o presidente da entidade que representa as quatro maiores empresas do setor (TAM, Gol, Azul e Avianca). As empresas aéreas foram ao governo hoje pedir socorro para tentar evitar aumentar ainda mais o preços das passagens. Elas apresentaram uma lista de 9 reivindicações, entre elas desonerações e reduções de impostos e isenção de tarifas pagas ao governo por elas e por passageiros. Parte das reivindicações já tinham sido feitas no ano passado. 

Segundo o presidente da entidade, as empresas aéreas vinham fazendo ajustes internos como demissões e redução de número de voos para tentar diminuir o impacto da subida do dólar que começou no segundo semestre do ano passado. Para Sanovicz, todas as medidas possíveis foram tomadas e as companhias foram ao "limite do impossível". "A última represa que estávamos segurando rompeu", afirmou Sanovicz após reunião entre os donos das companhias e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco. A entidade afirma que cerca de 55% dos custos das aéreas são dolarizados. Isso deverá chegar a 60% se a moeda americana continuar subindo, segundo o presidente da Abear. Ele afirmou contudo que não há previsão de mais demissões no setor.

A crise do setor aéreo brasileiro vem se arrastando há pelo menos dois anos, com as principais companhias operando com prejuízos milionários. Desde o quatro trimestre de 2012, as passagens começaram a subir, apesar da associação não reconhecer que houve aumento dos seus preços médios no passado. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deixou de divulgar o valor médio das passagens aéreas. O último relatório é de setembro de 2012. Até então, a passagem média vinha caindo. A Folha pediu o relatório de preços das passagens em julho pela Lei de Acesso à Informação mas o dado foi negado pela agência alegando que ele seria colocado no site até 8 de agosto, o que não ocorreu.

Conforme a Folha  adiantou hoje, as reivindicações das companhias aéreas são a inclusão do transporte aéreo na medida provisória 617, que zera as alíquotas de PIS e Cofins para empresas de transporte rodoviário, metroviário e ferroviário. Outros temas são a revisão da política de preços de combustível pela Petrobras e também a unificação do ICMS. As empresas também pediram para não pagar por seis meses tarifas aéreas que representam hoje 6% dos custos das companhias. E também que os usuários deixem de pagar tarifas aeroportuárias, que seriam bancadas pelo Fundo Nacional de Aviação Civil. A lista de reivindicações inclui medidas pontuais, como um plano para coibir furtos de malas e também um acompanhamento para impedir cobranças que as empresas consideram abusivas por parte das concessionárias. 

Há um ano, quando a Abear foi criada, a pauta de reivindicações da associação não era muito diferente. O presidente da entidade pediu ao governo para rever a forma de cobrança da Petrobras e também reduzir taxas e o ICMS. Ao anunciar o plano de Aviação Regional, em dezembro, a presidente Dilma Rousseff anunciou que não reajustaria as tarifas aéreas pagas pelas companhias como forma de beneficiar o setor. Além disso, eles foram incluídos entre os setores isentos de contribuições sobre a folha de pagamento.
O ministro da Aviação Civil afirmou que as reivindicações do setor serão analisadas em 10 dias pelo governo que terá uma resposta. O ministro acha difícil alguma mudança na forma de cálculo do custo do combustível, mas disse que o governo está disposto a analisar outros pleitos das companhias. "Há uma política da Petrobras que não é só para esse setor. Temos que enfrentar uma situação [de problema] sistêmico no setor", afirmou o ministro. 

Fonte: Folha de S.Paulo

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

GOL cria companhia aérea na República Dominicana

Agora é oficial. O conselho de administração da GOL aprovou a criação da nova companhia aérea  do grupo, com sede na República Dominicana. Ainda não está confirmado quando decolarão os jatos da GOL Dominicana, mas expectativa é que as rotas com base em Santo Domingo comecem a ser operadas ainda neste ano.

A nova empresa deverá ter sede em Santo Domingo, capital da República Dominicana, e receberá o título de companhia oficial (de bandeira) daquele país. A ideia da GOL é repetir o modelo de sucesso da Copa Airlines, criando em Santo Domingo o hub para voos para o Caribe, América Central e Estados Unidos, como a Copa faz com o aeroporto do Panamá.  

A companhia não divulgou detalhes da operação da GOL Dominicana, mas o diretor geral do Instituto Dominicano de Aviación (IDAC), órgão que corresponde à Anac na República Dominicana, Alejandro Herrera, afirmou em maior que a empresa brasileira já definiu um cronograma de trabalho no país prevendo terminar 2013 operando 14 destinos e transportando 10% dos passageiros que passam pela República Dominicana.

Em março, o consultor estratégico sênior da GOL, Maurício Emboaba Moreira, afirmou que o início da GOL Dominicana, estava previsto para junho, com uma frota de ste aviões. O anúncio ocorreu durante o fórum internacionaL Network USA, em San Antonio, no Texas. A nova companhia deve iniciar as operações com sete jatos Boeing 737-800 NG. A notícia também já foi divulgada pelo IDAC, tendo como fontes, além de Moreira, o embaixador dominicano no Brasil, Dionis Pérez.

“O objetivo da GOL é constituir uma empresa dominicana e estabelecer o hub aqui na República Dominicana. Neste caso, a situação com eles é especial. Creio que isso terá uma enorme importância em diversos aspectos da nossa economia”, avaliou Herrera.

A nós brasileiros duas coisas interessam: a primeira é a perspectiva de que os custos dos voos para o Caribe e Estados Unidos da GOL caiam até 30%, o que poderá levar a uma redução da tarifa e forçar a concorrência a baixar os preços também. A segunda é o fortalecimento da GOL, que deixará de depender tanto do mercado doméstico e poderá ter mais estabilidade financeira. Vale lembrar que a companhia já recebeu autorização para iniciar voos para a África. O objetivo da Gol é ter 17% de sua receita em moeda estrangeira em até três anos. Hoje, esse percentual é de 8%. Informou Folha de S. Paulo via Melhores Destinos.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Movimento passageiros cresce no Aeroporto Internacional de João Pessoa


O movimento de passageiros no Aeroporto Internacional Presidente Castro Pinto, na Região Metropolitana de João Pessoa, voltou a apresentar queda tanto no número de embarques como no desembarques em julho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (09) pela Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).

A queda da movimentação de desembarque foi de 9,72%. Em julho deste ano, 56.403 passageiros cruzaram os portões de desembarque, contra 62.473 passageiros no ano passado. Já o número de embarques apresentou uma queda de 1,21%, com a saída de 62.088 passageiros em julho de 2013, contra 62.086 passageiros que embarcaram no mesmo período do ano passado.


Apesar de já ter registrado queda no movimento de passageiros em cinco dos sete meses deste ano, em relação a 2012, o Castro Pinto ainda apresenta aumento na movimentação de passageiros (embarcando e desembarcando), de 5,33%. No ano passado, no período, passaram pelos portões do equipamento paraibano 712.452 passageiros, contra 750.445 neste ano.


Já se forem comparados os dados em relação aos desembarques e embarques isoladamente, houve queda. A queda na movimentação de desembarques nos sete meses de 2013 foi de 3,09%, em relação a 2012. Em relação ao embarques no mesmo período, a queda foi de 5,07%. Informou Turismo em Foco.