A empresa aérea TAM poderá rever sua estratégia de redução de oferta
de voos ou de reajuste de tarifas caso o dólar continue subindo ante o
real, afirmou um executivo da empresa nesta terça-feira. Desde 2011, a empresa reduziu em 12 por cento sua
capacidade doméstica, segundo o diretor de vendas da empresa, Klaus
Kühnast, para fazer frente à alta de custos com o querosene de aviação e
a valorização do dólar.
"A gente acredita que já fez a lição de casa em relação
a voos e a gente acreditava até a semana passada que isso era
suficiente. Neste momento não existe uma nova estratégia, mas se dólar
continuar neste patamar ou subir, poderá ter impacto no futuro, porque é
um custo muito forte e a empresa acaba tendo que tomar uma ação, ou nos
preços ou nas rotas", disse ele a jornalistas. Na véspera o dólar encerrou cotado a 2,41 reais. "O
dólar e o combustível são os fatores variáveis mais complicados para uma
empresa aérea. Mais de 60 por cento dos nossos custos são em dólar e o
impacto (da valorização) é muito grande. Cada centavo que vai aumentando
a gente vai ficando mais preocupado", disse.
A TAM também anunciou uma redução no quadro de
funcionários, com o corte de cerca de 800 postos de trabalho de
tripulantes, para reduzir custos. O programa de demissão voluntária se
encerra na quarta-feira. Nesta terça-feira, representantes das maiores empresas
aéreas brasileiras se reuniram com o ministro da Secretaria Aviação
Civil, Wellington Moreira Franco, para discutir a situação do setor. A Abear, associação que reúne TAM, Gol, Avianca e Azul,
pediu desoneração de PIS/Confins para o setor aéreo, ampliação de
subsídio a tarifas aeroportuárias e unificação da alíquota de ICMS sobre
o querosene de aviação. O ministro afirmou que iria avaliar a situação e
tomar uma decisão em 10 dias. Informou Reuters.
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