Se depender da sorte de seu proprietário, a jetBlue tem um futuro brilhante pela frente. David Neeleman pode ser visto como um Rei Midas da aviação. Começou aos 24 anos com 10.000 dólares, fundando uma pequena empresa regional. Alguns anos depois era o segundo maior acionista da Southwest Airlines. Participou da fundação da low-cost canadense WestJet. Quando esta foi criada, valia 26 milhões de dólares. Ao sair, Neeleman viu sua parte na empresa valendo 450 milhões.
Em 1998 partiu para sua nova empreitada: o estabelecimento de uma empresa aérea atuando na região de Nova York. Pesquisas mostravam grande demanda de tráfego não atendida, especialmente se a empresa tivesse preços competitivos.
Assim foi feito: dois anos depois, em 11 de fevereiro de 2000 era realizado o primeiro vôo da jetBlue. E o primeiro equipamento não foi um Boeing 737-200 ou 727-200 de terceira mão com 20 anos de uso, mas sim dois Airbus A320-200 novos de fábrica equipados com telefones e monitores individuais em todos os assentos. Estes eram os primeiros de uma encomenda inicial de 30 unidades, a maior já feita por uma empresa estreante em toda a história.
O prestígio de Neeleman fez com que a empresa fosse a mais capitalizada "start-up", da história: nada menos de 130 milhões de dólares, saídos dos bolsos de diversos investidores, incluindo-se aí George Soros. O crescimento da JetBlue foi instantâneo: às primeiras rotas, para Fort Lauderdale e Buffalo, foram rapidamente acrescentadas outras cidades da costa leste.
Em 2000, a empresa escolheu Long Beach como seu hub na costa oeste dos Estados Unidos, iniciando também vôos transcontinentais. Até mesmo em 2001, um ano trágico, a empresa deu 38.5 milhões de dólares de lucro. A empresa sacudiu o mercado mais outra vez ao se tornar o launch-costumer da família EMBRAER 190, encomendando nada mais, nada menos que 101 unidades, antes mesmo do primeiro prótipo voar. Ao que parece, tudo azul na proa da jetBlue.
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