O preço das passagens aéreas deve aumentar se os custos para as
companhias continuarem altos, disse, nesta terça-feira (21), o
presidente da TAM, Marco Antonio Bologna. O executivo não falou em
prazos para esse eventual aumento dos preços, mas disse que dificilmente
cairão os custos que pesam sobre as companhias aéreas no momento, com a
alta do combustível e do dólar. Mais cedo, o presidente da Gol, Paulo
Sérgio Kakinoff, afirmou que o aumento de tarifas é uma questão de
tempo.
Bologna disse que o setor sofreu um “choque de custos relevante” que
inclui a valorização do dólar, que impacta os custos das empresas na
moeda estrangeira, o aumento do preço do querosene de aviação e ainda a
elevação das tarifas aeroportuárias e de navegabilidade.
A Gol passa por uma grande reestruturação, após reportar seguidos
prejuízos. No segundo trimestre, as perdas chegaram a R$ 715 milhões.
Além da diminuição no número de voos, a Gol também está reduzindo o
número de funcionários: até o final do ano, cerca de 2.500 vagas devem
ser fechadas. “O setor não pode absorver, por longos períodos, um
cenário como esse. É uma questão de tempo para se ver na posição
inevitável de aumentar as tarifas”, ressaltou . Apesar da pressão sobre
os custos, o presidente da Gol disse que não há nenhuma decisão tomada
sobre o assunto.
Durante o Aviation Day, evento que reúne executivos e autoridades da
aviação civil, em Brasília, Kakinoff reafirmou, que a companhia aérea
espera um resultado financeiro “melhor no segundo semestre do que no
primeiro”, mas continuou descartando o retorno ao azul até o fim de
2012. “Não podemos falar ainda em retorno à lucratividade”, disse. O
presidente da Gol prevê, na segunda metade do ano, um desempenho “entre
prejuízo e equilíbrio”, variando de mês a mês.
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