domingo, 5 de dezembro de 2010

Espanha reabre espaço aéreo com fim da greve dos controladores


O espaço aéreo espanhol foi reaberto neste sábado na Espanha e os controladores aéreos retomaram suas atividades pondo fim a seu movimento de greve depois que o governo decretou estado de alerta pela paralisação do tráfego aéreo.

O anúncio foi feito pelo ministro de Infraestrutura e Transporte, José Blanco, que enfatizou, no entanto, que o funcionamento normal dos aeroportos ainda levará de 24 a 48 horas. Os primeiros voos decolaram no início da tarde de vários aeroportos do país. O primeiro avião saiu do aeroporto da ilha de Grande Canária por volta das 16H00 local (13H00 de Brasília).

Do aeroporto de El Prat, em Barcelona, o segundo do país, saiu um avião com destino a Zurique com mais de nove horas de atraso, segundo a autoridade aeroportuária, AENA. O espaço aéreo espanhol, que foi fechado na sexta-feira com o início da greve dos controladores, voltou a ser aberto no início da tarde de sábado, depois que o governo declarou estado de alerta e colocou o controle aéreo nas mãos dos militares.

Foi a primeira vez que se declara o estado de alerta na Espanha desde a volta à democracia após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975. "Os aeroportos permanecem praticamente todos paralisados, por isso o conselho de ministros aprovou um decreto que institui o estado de alerta, de acordo com a Constituição", segundo no início da manhã o primeiro vice-presidente do executivo, Alfredo Pérez Rubalcaba. "Isso significa que os controladores passam a estar mobilizados e, no caso de não comparecerem ao trabalho, estarão incorrendo num delito de desobediência tipificado no código penal militar", explicou.

O estado de alerta é reconhecido pela Constituição e em uma lei de 1981 para eventualidades como "terremotos, inundações, incêndios ou acidentes de grande magnitude, crise sanitárias, paralisações de serviços públicos essenciais ou situações de desabastecimento de produtos de primeira necessidade". A procuradoria de Madri abriu uma investigação por delito de perturbação da ordem pública, punível com penas de até oito anos.

Companhias aéreas como KLM, Air France, EasyJet e Ryanair chegaram a cancelar seus voos a partir de Madri em função da paralisação dos controladores. A companhia aérea espanhola Iberia também anunciou que suspenderia todos seus voos até domingo, às 06H00 (03H00 de Brasília). Cerca de 250.000 passageiros estavam desde sexta-feira bloqueados pela greve, iniciada pelos controladores em protesto por suas condições de trabalho. Este movimento obrigou às autoridades a fechar progressivamente quase todo o espaço aéreo espanhol e quase todos os aeroportos deixaram de operar.

O fechamento aeroportuário ocorreu no início de um feriado prolongado na Espanha até a próxima quarta-feira, quando eram previstas milhares de viagens, e "está provocando graves problemas no tráfego aéreo de toda a Espanha". O movimento dos controladores aéreos aconteceu depois do governo espanhol aprovar, na manhã de sexta-feira, a privatização parcial da gestão dos aeroportos. Essa decisão, segundo os controladores, o obrigavam a trabalhar mais horas, o que supõe uma situação insustentável.

"Vivemos denunciado há meses que estamos chegando a nosso máximo de horas, o e que isso ia acontecer no mês de dezembro", denunciou o porta-voz do sindicato dos controladores USCA, Daniel Zamit. Segundo cifras do ministério dos Transportes, dos 2.300 controladores aéreos ativos na Espanha, 135 recebem mais de 600.000 euros anuais e 713, entre os 360.000 e 540.000 euros, cifra bem maior que seus colegas europeus, devido a um sistema muito vantajoso.
 Fonte: AFP
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English: Spain reopens airspace to order the controllers' strike

 The Spanish airspace was reopened on Saturday in Spain and the air traffic controllers resumed their activities ending his motion to strike after the government declared a state of alert due to the shutdown of air traffic.
The announcement was made by the Minister of Infrastructure and Transportation, Jose Blanco, who emphasized, however, that the normal operation of airports will still take 24 to 48 hours. The first flights took off in the early afternoon of several airports in the country. The first plane left the airport on the island of Gran Canaria at around 16H00 local (13H00 GMT).
El Prat airport in Barcelona, the second in the country, he left a plane to Zurich with more than nine hours late, according to the airport authority, AENA. The Spanish airspace, which was closed on Friday with the beginning of the controllers' strike, came to be opened in the early afternoon of Saturday, after the government declared a state of alert and put the air traffic control in the hands of the military.
It was the first time it declares state of alert in Spain since it returned to democracy after the death of dictator Francisco Franco in 1975. "The airports remain paralyzed practically all, so the council of ministers approved a decree establishing a state of alert, according to the Constitution," the second early in the morning the first executive vice president, Alfredo Perez Rubalcaba. "This means that drivers will now be deployed and, if not report to work, will have incurred a crime of disobedience in the military penal code criminalized," he said.
The alert state is recognized by the Constitution and a 1981 law for eventualities like "earthquakes, floods, fires or accidents of great magnitude, health crises, interruptions of essential public services or situations of shortage of basic necessities." The prosecutor's office in Madrid has opened an investigation for the crime of public nuisance, punishable with up to eight years.
Airlines such as KLM, Air France, EasyJet and Ryanair to cancel its flights arrived from Madrid due to the stoppage of the controllers. The Spanish airline Iberia has also announced it would suspend all its flights until Sunday at 06H00 (03H00 GMT). About 250,000 passengers were blocked since Friday by the strike, initiated by the controllers in protest at their working conditions. This move forced authorities to close gradually almost the entire Spanish airspace and almost all airports stopped operations.
The airport closure occurred at the beginning of a long holiday in Spain until next Wednesday when they were provided thousands of trips, and "is causing serious problems in air traffic from all over Spain." The movement of air traffic controllers came after the Spanish government approved on the morning of Friday, the partial privatization of airport management. That decision, according to the drivers, forced to work longer hours, which implies an untenable situation.
"We complained for months that we are reaching our maximum hours, e this would happen in December, reported the spokesman for the controllers' union USCA, Daniel Zamit. According to figures from the Ministry of Transport, of the 2,300 air traffic controllers assets in Spain, 135 received more than 600,000 euros per year and 713, between 360,000 and 540,000 euros, a figure much higher than their European counterparts, due to a system very advantageous.

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