quarta-feira, 13 de junho de 2012

Aeroporto de Congonhas com 40% dos voos cancelados

Mesmo abrindo para pousos e decolagens em seu horário normal, às 6h desta quarta-feira (13), o aeroporto de Congonhas registrava altos índices de voos cancelados e atrasados por volta das 9h, reflexo dos problemas enfrentados nesta terça-feira (12), quando as operações foram suspensas pela manhã e à noite devido à neblina. Diversas pessoas que tinham voos marcados para a noite desta terça acabaram dormindo no aeroporto, e voltaram a enfrentar dificuldades nesta manhã.

Segundo o último balanço da Infraero, entre 6h e 8h Congonhas tinha 32 partidas programadas. Destas, 13 foram canceladas, o que corresponde a 40,6%. Outras 8 sofreram atrasos, ou 25%. As operações eram feitas com o auxílio de instrumentos.  Com o fechamento do aeroporto na noite de terça, muitas aeronaves que deveriam estar em Congonhas nesta manhã não passaram a noite no aeroporto. Com isso, foi preciso cancelar voos nesta manhã.

Duas mulheres que embarcariam para Belo Horizonte por volta das 20h37 de terça permaneciam no aeroporto na manhã desta quarta. A aposentada Maria da Conceição Gatti, de 72 anos, veio com a sobrinha Arina Lopes de Lima, de 32 anos, para o enterro de uma familiar em São Paulo.

“Nós nem aguardamos a cerimônia de cremação porque tínhamos o voo programado e acabamos passando a noite nesses bancos do aeroporto”, contou. Ela tem osteoporose e artrose e não trouxe os remédios, porque passaria apenas um dia na capital paulista. “Estou sem mala e sem os meus remédios. Não tinha nem agasalho para passar a noite assim. Estou cheia de dores. Não consegui fechar o olho.”

Arina, que também não trouxe mala, também estava exausta e reclamou do atendimento da Gol. Segundo ela, a companhia não ofereceu alojamento para as duas. “Disseram que nos pagariam um táxi. Argumentei que eu não tenho casa em São Paulo e eles disseram que a prioridade era para os passageiros que estavam em conexão”, disse. “Nem lanche eles pagaram”, disse a aposentada. “Eu tenho dois filhos, um de 4 anos e um de 1 ano e meio. A sorte é que a minha sogra me ajuda e ficou com eles até o meu marido voltar do trabalho. É muita falta de respeito”, disse.

De acordo com a Gol, cerca de 2 mil passageiros precisaram de algum tipo de atendimento desde terça. Cerca de 200 vagas de hotel foram ocupadas por passageiros da companhia. Ainda segundo a empresa, a maioria deles era de São Paulo. Para esses, a empresa custeou as despesas com o táxi para que voltassem para casa. A Gol estima que 30 passageiros tiveram que passar a noite no saguão do aeroporto, porque, apesar dos esforços, a empresa não conseguiu localizar mais vagas disponíveis em hotéis no município. A respeito das passageiras que conversaram com a reportagem, a companhia ainda não se manifestou.

Fonte: G1

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