As companhias aéreas aumentaram seus custos com o reajuste das tarifas aeroportuárias, a partir de 14 de março. O aumento das taxas pagas pode chegar a até 364% nas tarifas de pouso em horários de pico. A Infraero vai aumentar as taxas nos horários de maior movimentação para incentivar as operações em horários mais vazios.
A maioria dos aeroportos terá tarifas iguais. Apenas os maiores terminais do país tiveram seus horários e tarifas reajustados de forma independente. São eles: Brasília, Guarulhos e Congonhas, em São Paulo; Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro; e Confins, em Belo Horizonte. As taxas de embarque, pouso e permanência vão subir em praticamente todos os horários nesses aeroportos. As companhias aéreas ainda não sabem se esse aumento poderá influenciar no preço dos bilhetes.
As taxas de pouso, permanência e estadia terão aumentos na casa de 300% nos aeroportos da categoria 1 (Brasília, Congonhas, Guarulhos. Na categoria 2, (Rio Branco -AC, Goiânia -GO) a tarifa de pouso aumentou em 261%, a de pátio de manobras em 262% e a de estadia em 266%. As tarifas internacionais de pouso e permanência subiram, em média, 80%.
Em uma simulação da categoria 1 utilizando as novas tarifas, caso um Airbus A320, usado pela TAM, pouse e permaneça no aeroporto de Congonhas das 10h às 11h pagará R$ 117,86 em taxas. Se a mesma aeronave ficar das 20h às 21h pagará R$ 673,51. Em uma simulação com um Boeing 737-700, operado pela Gol, os valores, no mesmo horário e aeroportos, partiriam de R$ 118,01 e chegariam, no horário de pico, a R$ 673,3. Na categoria 2, por enquanto, não existe mudança de valor em relação ao horário, mas o reajuste foi alto. Caso um Airbus A320 pouse no Aeroporto de Rio Branco (AC), ele pagará, na primeira hora, R$ 461,3, contra R$ 127,4 atuais.
O maior desconto das tarifas foi dado para o aeroporto de Congonhas, com redução de 79% do valor teto nos horários de 6h às 7h e 10h às 11h. Já a cobrança de sobretaxa de 20% foi utilizada em vários aeroportos, dentre eles o de Brasília, Congonhas e Guarulhos, ambos em São Paulo e o de Santos Dumont no Rio de Janeiro.
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) foi procurado, mas não se manifestou, pois os cálculos das companhias para saber se o aumento vai encarecer as passagens não foi concluído. O próximo reajuste das tarifas aeroportuárias será feito em 2013 com base na variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Porém, cada aeroporto só poderá aplicar o valor integral do IPCA se cumprir as metas de produtividade da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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