Os mais velhos devem se lembrar de José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco, cujo retrato estampava a nota de mil cruzeiros. A capital do Acre foi batizada em sua homenagem. Diplomata e ministro das Relações Exteriores, o barão foi o responsável pela solução pacífica do conflito entre os governos brasileiro e boliviano pela posse do território que acabou anexado ao Brasil.
Fundada em 1913, Rio Branco é uma cidade bem organizada. Tornou-se mundialmente conhecida a partir da luta do líder seringalista Chico Mendes pela preservação do modo de vida extrativista, que deixou como herança uma grande consciência ecológica. A cidade passou por uma forte revitalização nos últimos anos, com abertura de áreas verdes públicas e restauração de patrimônio histórico.
Quando ir?
Dezembro a março são os meses mais quentes com os termômetros atingindo os 38°C. Entre maio e agosto, época de poucas chuvas, ocorre o fenômeno da friagem, quando as temperaturas podem chegar a 15°C.
Julho é um mês de grandes eventos na cidade. Um deles é o Festival de Artes da Praia do Amapá, com apresentação de artistas locais e convidados. Outro é a Expoacre, principal feira de negócios do estado, que também traz muitos shows. Em dezembro é realizado o Festival Varadouro, que reúne músicos e bandas do Brasil e de outros países e também oferece oficinas e palestras. O festival de 2010 contou com a apresentação mais ilustre dos artistas acreanos: o compositor João Donato.
O que fazer?
Comece pela sede do governo. O Palácio Rio Branco, construído em 1930, em estilo neoclássico, tem um acervo que conta a história da formação do Acre, as lutas dos seringueiros e a vida de Chico Mendes.
Passeie pelo Calçadão da Gameleira, à beira do rio Acre, onde a cidade nasceu. Exatamente ali, em 1882, foi fundado o primeiro seringal, dando início à ocupação da região. A gameleira já estava lá e presenciou tudo.
Com tempo, visite o Parque da Maternidade, o Mercado Velho, a Casa do Artesão, o Parque Ambiental Chico Mendes – e sobretudo o Museu da Borracha. Na época seca, aproveite as praias do rio Amapá, a apenas 10km do centro da cidade.
Onde Ficar?
Os hotéis e pousadas, sem grandes luxos, estão concentrados no centro da cidade. Podendo esticar, visite Xapuri, a 188km. O município, que teve uma importância significativa durante a fase áurea dos seringais, foi perdendo status com a decadência do extrativismo. Mas ganhou um novo alento graças ao filho mais famoso. Hoje, muitas pessoas visitam a cidade para conhecer a terra onde nasceu e morreu Chico Mendes.
Há roteiros de viagem que levam o turista à Fundação Chico Mendes e à casa onde o seringalista foi assassinado. Também vale a pena conhecer um seringal, visitar o Museu de Xapuri e fazer uma trilha pela floresta.
Como chegar?
A principal porta de entrada ao Acre é o Aeroporto Plácido de Castro - Rio Branco. O aparelho conta com três companhias aéreas: a GOL que opera quatro voos diários a Rio Branco, vindos de Manaus, Belém, Porto Velho, Fortaleza, Cruzeiro do Sul e Brasília, além de conexões convenientes para todas as cidades atendidas; a TAM possui dois voos diários a capital do acre, chegando de São Paulo e Brasília; e a TRIP possui um voo diário, oriundo de Belo Horizonte, Porto Velho e Cruzeiro do Sul. Venha conhecer Rio Branco!
Ricardo Freire W.S.F.
Colaborador Presidente Aeroportos Brasil
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